A nova lei dos portos completa dois anos em vigor esse mês. Criada para garantir expansão física e melhorias no atendimento à demanda e dar mais competitividade à produção
nacional, a legislação atual estabeleceu novos critérios para a exploração e arrendamento,
para a iniciativa privada, de terminais de movimentação de carga em
portos públicos. As novas regras também facilitaram a instalação de
novos terminais portuários privados. Além disso, permitiram que fosse
antecipada a renovação de contratos já firmados para exploração de áreas
portuárias.
Segundo o diretor da Antaq (Agência Nacional de Transportes
Aquaviários), Fernando Fonseca (foto)j, o maior avanço, até agora, é em relação
aos TUPs (Terminais de Uso Privado), que com o novo marco legal passou a
permitir esse tipo de operação e facilitou a implantação de novos
portos. A Agência aponta que nesses dois anos foram assinados 31
contratos para implantação de terminais de uso privado, três de
ampliação e um termo aditivo para aumento de capacidade. Os
investimentos somam R$ 8,5 milhões.
A agência informou ainda que há 165 instalações portuárias privadas
autorizadas no Brasil e 35 processos de outorga de autorização em
andamento. Desses, 23 são para terminais de uso privado, 11 estações de
transbordo de carga e uma instalação de turismo. Os investimentos
totalizam R$ 9,6 milhões. No entanto, os arrendamentos de áreas em portos organizados, que têm
previsão total de R$ 13,8 bilhões, ainda não começou.
O
diretor-presidente da ABTP (Associação Brasileira de Terminais
Portuários), Wilen Manteli, admite que a legislação trouxe avanços em relação aos
TUPs. "O resultado aparece, por exemplo, no crescimento da movimentação
de cargas e da viabilização de novos investimentos. Entretanto, a burocracia é um problema. A média entre o pedido para a
instalação de um terminal de uso privado até o início da operação tem
sido de sete anos”, critica.
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