O início dos trabalhos no terminal marítimo da Vale em São Luís (MA) transformara o local em um grande canteiro de obras com dezenas de trabalhadores, máquinas e caminhões circulando e
trabalhando em ritmo frenético. A razão de imprimir todo esse esforço é tentar concluir a
obra, que colocará mais 90 milhões de toneladas de minério
de ferro por ano no mercado global já a partir do ano que vem.
Engenheiros
e operários trabalham alheios à situação dos preços do minério, que
despencaram a uma mínima histórica poucos meses atrás, em grande parte
devido à crescente oferta global de grandes mineradoras como a própria
Vale e suas rivais australianas BHP e Rio Tinto. "Estamos
seguindo um umuito maduro. Não tem nenhuma diretriz para
acelerar ou atrasar", assegurou o diretor de Implantação de Projetos
Logística Norte, Adriano Mansk, responsável pelas obras, que acompanhou a
reportagem da Reuters em uma visita às novas áreas do terminal marítimo
de Ponta da Madeira, na capital maranhense.
A multinacional brasileira de minérios trabalha
intensamente também no interior, para começar a produzir no segundo
semestre de 2016 minério de alta qualidade em uma nova mina no sudeste
do Pará, o projeto S11D, que fica no principal polo produtor Carajás, de
onde extraiu 120 milhões de toneladas no ano passado.
Para a
nova produção chegar aos compradores no exterior, é preciso construir um
novo ramal ferroviário de 100 quilômetros e duplicar gradualmente 570
quilômetros já existentes da Estrada de Ferro Carajás, rumo a São Luís. No
porto, está sendo feita uma ampliação das instalações em terra, como
oficinas para os trens, mais equipamentos para descarregar as
composições e novos pátios para armazenar minério.
Dentro do mar,
em um píer que está a 1.800 metros da costa, sob influência de fortes
correntes de maré, a Vale também trabalha em uma estrutura gigantesca,
um novo berço para atracar e carregar os navios Valemax, os maiores
mineraleiros do mundo, com capacidade para transportar 400 mil toneladas
de minério em uma única viagem.
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