A APM Terminals, braço portuário do
grupo Maersk, vive um drama em Itajaí (SC), onde explora um terminal de
contêineres de uso público. A companhia sofre uma evasão de cargas porque
não consegue autorização do governo para expandir o terminal e torná-lo
competitivo.
Após perder quatro serviços de navegação que representavam 50% da sua
movimentação, vai devolver nos próximos dias à autoridade portuária 80
mil metros quadrados alugados no ano passado para estocar contêineres.
Os volumes migraram para a Portonave, em Navegantes, terminal de uso
privado (TUP) que fica em frente à APM e acaba de ser expandido.
A diferença na velocidade de ampliação entre as duas instalações é
o mais novo ingrediente a acentuar a discussão sobre as assimetrias
concorrenciais entre os dois modelos de exploração. Desde a nova Lei dos
Portos, de 2013, o governo aprovou a expansão de nove TUPs e de quatro
terminais de uso público. "Se não houver uma forma de dar mais rapidez às decisões dentro do
porto público ele perderá competitividade e vai acabar morrendo", advertiu
Antônio Ayres, superintendente do porto de Itajaí, autarquia municipal.
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