quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Projeto busca incrementar exportação do arroz beneficiado brasileiro

         O projeto Brazilian Rice, uma parceria entre Agência Brasileira de Promoção de Exportação (Apex) e empresas e entidades ligadas à produção do grão, terá, pelo menos, mais dois anos de duração e visa a incrementar a ainda reduzida exportação do arroz nacional. Com investimento previsto de R$ 1,99 milhão, principal meta da iniciativa é aumentar as vendas externas das empresas participantes, que totalizaram R$ 88,5 milhões em 2014, até chegar aos R$ 125 milhões em 2017.
         Lançada em 2013, a primeira etapa do convênio se encerrou no mês passado com 30 empresas participantes, a maioria delas gaúchas. Dessas, 17 já exportam de maneira direta, número que deve aumentar a 25 até 2017. Elas são responsáveis, hoje, por 39% do total da venda de arroz beneficiado, principal foco do projeto por ter maior valor agregado. "Assim, geramos empregos aqui, fugindo da situação da soja, por exemplo, quase toda vendida in natura", argumenta o gerente do Brazilian Rice, André Anele.
          No ano passado, o produto beneficiado representou 42% da exportação total do Brasil (o restante se dividiu entre o arroz quebrado, 40%, e o arroz em casca, 18%). A meta é chegar no fim da nova etapa, em 2017, com o produto beneficiado sendo responsável por 50% da exportação. "Se levarmos em conta apenas o arroz de alta qualidade, temos preço competitivo. Temos certificações, garantias de segurança alimentar, nossa indústria é sustentável ambientalmente, que nos diferencia no mercado", argumenta Anele, que cita a Arábia Saudita como um dos países dispostos a pagar mais pelo arroz com essas características.

         A nação asiática, aliás, é um dos países-alvo da nova etapa do projeto, junto com Estados Unidos, Panamá, Peru, África do Sul e Angola. Para o analista da Apex ligado ao projeto, Alberto Carlos Bicca, produtos derivados do arroz, como farinha e biscoitos, também receberão atenção especial. "Dentro da tendência de busca por alimentos mais saudáveis, o arroz tem a vantagem de não possuir glúten, podendo atingir esses outros segmentos", comenta o executivo. Outras questões, como embalagens mais rebuscadas e sugestões de consumo serão trabalhadas nos próximos meses, além de participações em feiras e convenções do setor pelo mundo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário