A disparada do dólar, que atingiu nesta terça-feira (22), a maior
cotação do Plano Real, agravou ainda mais a situação financeira da
Petrobras. Desde de junho, a estatal já contabilizou uma alta de cerca
de R$ 100 bilhões nas dívidas em moeda estrangeira. Diante do novo
patamar do dólar, o endividamento da petroleira pode atingir R$ 513
bilhões ao final de setembro, cifra equivalente a 9,4% de todo o Produto
Interno Bruto (PIB) do País em 2014.
As estimativas foram feitas
pela consultoria Economática, a pedido do jornal "O Estado de S.
Paulo", e considera a cotação de R$ 4,04 para a moeda americana. Nesta terça-feira,
diante das incertezas sobre os rumos da política econômica brasileira, o
dólar comercial fechou a R$ 4,05.
Com mais de 70% de sua dívida
em moeda estrangeira, a estatal é extremamente vulnerável à variação
cambial. A reação dos mercados, hoje, foi imediata. As ações da
Petrobras amargaram os menores preços desde 2004, fechando o pregão da
BM&FBovespa com queda de 3,13% nas ordinárias e de 4,52% nas ações
preferenciais.
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