O ex-presidente da Sete Brasil, João
Ferraz (foto), e o ex-diretor da empresa, Eduardo Musa, concordaram em
restituir os cofres públicos em cerca de R$ 28,5 milhões. Parte do
dinheiro era mantida em contas secretas no exterior. O restante se
refere à multa civil. As informações constam do acordo de colaboração
firmado por Musa com a força-tarefa da Operação Lava-Jato.
A Sete
foi criada em 2011 pela Petrobras em parceria com os bancos BTG
Pactual, Bradesco e Santander e com os fundos de pensão Petros, Previ e
Funcef. O objetivo era a construção de 28 navios-sonda ao custo de US$
22 bilhões para exploração do pré-sal.
“A título de multa cível
pelos danos que reconheceu terem sido causados pelos crimes por eles
praticados, João Carlos de Medeiros Ferraz se comprometeu a recolher à
conta judicial o valor de R$ 3 milhões, além do repatriamento de ao
menos US$ 1,9 milhão, e Eduardo Costa Vaz Musa se comprometeu a recolher
à conta judicial o valor de R$ 4,5 milhões, além do repatriamento de
US$ 3,2 milhões”, informou o Ministério Público Federal (MPF) em um dos
termos de colaboração de Musa, homologada em agosto pelo juiz Sergio
Moro, titular da Lava-Jato na Justiça Federal de Curitiba.
O
valor de R$ 4,5 milhões corresponde à multa civil compensatória, que
pode ser destinada ao ressarcimento dos danos causados à Petrobras e à
Sete Brasil.
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