segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Estados Unidos podem aceitar, em gesto inédito, condenação da ONU ao embargo comercial contra Cuba

         Os Estados Unidos podem, pela primeira vez, aceitar sem reações uma condenação da ONU (Organização das Nações Unidas) ao embargo comercial contra Cuba. Segundo autoridades de Washington, o governo do presidente Barack Obama está avaliando abster-se na votação da Assembleia Geral da entidade em outubro sobre uma resolução que exige a suspensão do embargo.
          Há 23 anos, Havana apresenta anualmente ao organismo internacional uma resolução contra o bloqueio. A votação não tem efeitos legais práticos, mas contribui para a percepção da comunidade internacional de que as medidas norte-americanas para isolar a ilha caribenha são ilegítimas. 
         A decisão de se abster ainda não foi tomada, ressaltaram quatro autoridades que falaram à Associated Press (AP) sob condição de anonimato. O gesto seria inédito, não havendo registros de membros da ONU que tenham aceitado resoluções críticas a suas próprias medidas. 
         Desde que anunciou, em dezembro, o processo de reaproximação diplomática com Cuba, Obama tem pedido ao Congresso Nacional que suspenda o embargo econômico e financeiro imposto contra a ilha em 1961.  A abstenção na votação da ONU aumentaria a pressão sobre o Legislativo, controlado pela oposição republicana, a qual já se declarou contrária ao fim do bloqueio ao regime socialista.

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