O Porto de Rio Grande, no extremo sul do Brasil, está realizando, nesta segunda-feira, 30, o maior embarque de gado da sua história. A operação é
no Cais do Estaleiro Rio Grande, onde ocorre o carregamento de cerca de 20 mil
cabeças de gado com destino à Jordânia, coordenado pela Operadora Sagres em
parceria com o estaleiro.
O navio Bader III, especializado neste tipo de operação, atracou no último final de semana. Conta com
infraestrutura de transporte dentro dos melhores e maiores padrões
internacionais da modalidade. A embarcação tem capacidade para mais de 26
mil toneladas, mede 204 metros de comprimento e 26,5 metros de largura.
Segundo a Sagres, operadora
responsável pelo carregamento da embarcação, antes de chegar ao local da
atracação o navio passou por uma série de protocolos de fiscalização e condicionantes pré-operacionais. Dentro deste protocolo está o
estrito cumprimento das determinações da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária, do Ministério da Saúde, do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, da Receita Federal e da Autoridade Portuária do Porto do Rio
Grande.
Não está sendo permitido o desembarque de nenhum membro da tripulação
em solo brasileiro para evitar e conter a disseminação da Covid-19. O
diretor superintendente do porto de Rio Grande, Fernando Estima, estabeleceu, ainda, por meio de
Ordem de Serviço, outros protocolos e medidas, assim como também existem
pré-requisitos operacionais da própria operadora e do terminal.
O superintendente lembrou que
este é um dos compromissos do Governo do Estado: não deixar os portos pararem
durante essa pandemia. "Estamos ajudando na segurança alimentar, e prova
disso são as exportações de gado e soja que estamos fazendo", explicou.
O navio foi inspecionado e
liberado para embarque do gado vindo de várias partes do Estado. A
maioria dos animais são de raças europeias como Hereford e Angus, e suas cruzas
como Braford e Brangus, padrões apreciados em mercados consumidores do Oriente Médio pela qualidade e sabor da carne.
Carregamentos como este estão em
conformidade com o desejo de produtores gaúcho e foram um pedido
feito pelo mercado, e especialmente fechados na última visita do presidente da
Farsul, Gedeão Pereira. O dirigente adiantou que o Rio Grande do Sul tem capacidade de
aumentar a exportação de gado para diversos mercados globais.
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