Ministros da Agricultura de
diversos países da América do Sul participaram nesta segunda-feira (23), a
convite da ministra Tereza Cristina, de uma videoconferência para debater a
harmonização de normas e garantir a fluidez do trânsito de mercadorias e o
abastecimento de alimentos na região durante a pandemia do Coronavírus. “É
indispensável nosso alinhamento no mais alto nível político, que deverá também
se refletir em instruções ágeis e claras para o plano operacional, sobretudo para
a ponta, as autoridades fronteiriças”, argumentou a ministra brasileira.
Participaram da reunião virtual com Tereza Cristina os ministros Luis Eugenio
Basterra (Argentina), Antonio Walker Preito (Chile), Rodolfo Max Friedmann
Alfaro (Paraguai), Carlos Maria Uriarte (Uruguai), Jorge Luis Montenegro
Chavesta (Peru) e Beatriz Eliane Capobiano Sandoval (Bolívia), além de
representantes dos ministérios brasileiros da Infraestrutura e das Relações
Exteriores.
Sob a coordenação do Conselho Agropecuário do Sul (CAS), foro ministerial de
consulta e coordenação de ações regionais – hoje sob a presidência temporária
do Chile, será elaborado um documento com protocolos para garantir o livre
tráfego do transporte rodoviário de cargas entre os países (incluindo também a
Colômbia). Os ministros decidiram criar um canal de comunicação por WhastsApp
para trocarem informações com maior rapidez sobre eventuais problemas que
possam ocorrer.
Todos os ministros afirmaram que, apesar do fechamento de fronteiras
rodoviárias para passageiros de outros países, não há restrições a cargas
agropecuárias. “Precisamos nos antecipar ao que pode ocorrer, caso a situação
piore”, disse Tereza Cristina, lembrando que a manutenção dos corredores
sanitários é garantir não só a exportação de cada país, mas também o
abastecimento local.
Para mensurar o impacto que o comércio regional tem sobre o suprimento de
alimentos, a ministra lembrou que o Brasil exportou para os vizinhos
sul-americanos cerca de US$ 3,7 bilhões em produtos agropecuários, em 2019, e
deles importou US$ 5,8 bilhões no mesmo período. “Temos uma grande
responsabilidade ao nos somarmos a esses esforços: garantir o abastecimento e a
manutenção das cadeias de alimentos, do produtor até o consumidor final”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário