O Ministério dos Transportes, que tem um dos maiores orçamentos da administração federal, está trabalhando com
um cenário de corte de até 40% nas despesas discricionárias, que
incluem custeio da gestão e investimentos. Se considerada a previsão de
R$ 15,27 bilhões registrada no Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA)
de 2015, a "tesourada" pode passar dos R$ 6 bilhões, o que vai obrigar a
pasta a adiar dezenas de obras em todo o país.
No final da tarde da
última sexta-feira, uma equipe do ministério se reuniu com
representantes da Casa Civil da Presidência da República. O objetivo era
apresentar as obras prioritárias da pasta para 2015 e definir o que
terá condições de ser feito e o que será empurrado para o ano que vem.
Antes mesmo do encontro, no entanto, o sentimento era de que apenas
obras que estão em andamento fazem parte da negociação, ou seja, não
haverá caixa para novos projetos.
A estimativa é de que pelo menos
30 obras que estavam previstas para este ano serão colocadas em
"banho-maria". "Não faz sentido o governo se comprometer com coisas que
não teremos condições de tocar e que vão ficar se arrastando", disse uma
pessoa que participou da reunião. A mesma lista de prioridades
discutida na Casa Civil foi apresentada no sábado à presidente Dilma
Rousseff pelo ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues.
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