O presidente da Lojas Renner há mais de duas décadas, José Galló, é conhecido no mercado pela austeridade administrativa, está sempre
vestido com roupas da empresa que administra e vigia, a
partir grandes monitores instalados em seu
escritório, pontos de venda da rede em todo o Brasil em busca de
falhas no atendimento ao cliente e desperdícios de recursos.
Apesar
da preocupação constante em fazer mais com menos, Galló não pretende,
este ano, fazer ajustes radicais nos investimentos da Renner. "A não ser
em caso extremo", ressalva. Vice-líder no varejo brasileiro de confecções, atrás
apenas da C&A, a rede faturou R$ 4,6 bilhões no ano passado. Para
garantir que a Renner siga relevante e ganhe mercado, Galló sabe que é
preciso manter a máquina girando.
Por isso, a
companhia prevê investir R$ 550 milhões este ano, 10% a mais do que em
2014. Entre as apostas estão um novo centro de distribuição, a
construção de um edifício para os escritórios da matriz, em Porto
Alegre, e pelo menos 45 lojas de três bandeiras.
Apesar de o
ajuste fiscal envolver aumento de impostos e redução de concessões
feitas ao setor produtivo - como a desoneração da folha de pagamento -,
Galló considera o movimento de cortes do governo como "imprescindível".
Segundo ele, se o remédio for inicialmente muito amargo, tudo bem:
"Muitas vezes, antes de melhorarem, as coisas têm de piorar."
Nenhum comentário:
Postar um comentário