O cargueiro de bandeira liberiana Adamastos, preso há cerca de
oito meses atracado no porto de Rio Grande, deixou o Brasil ontem,
quinta-feira (23), com destino a Espanha.
A companhia de recuperação internacional de cargas CRC Cargo Recovery
Consultants, representada pelo escritório de advocacia PGLaw, interveio
em diversas ações judiciais incluído duas ações civis públicas, a fim de
obter acordos que viabilizassem a saída da embarcação.
Na Justiça, a maior parte das ações civis e trabalhistas já foi
resolvida por meio de acordos articulados e negociados, entre elas, uma
Ação Civil Pública Trabalhista, movida pelo Ministério Público do
Trabalho em decorrência do abandono da tripulação pelos responsáveis,
cujo acordo foi no valor de R$ 1.740.000,00 e uma ação trabalhista
movida por 19 tripulantes, que pediram salários atrasados e indenização
por danos morais, o acordo foi homologado no valor de aproximadamente R$
2 milhões.
Há, ainda, uma ação civil pública na Justiça Federal foi movida
contra as empresas envolvidas com a embarcação visando a troca da
tripulação e a remoção da embarcação da área do Porto de Rio Grande em
virtude de preocupações ambientais e de segurança da navegação.
O navio saiu no início de setembro de 2014, do Porto de Colombo, no
Sri Lanka, e chegou no dia 30 de setembro no porto de Rio Grande para
ser carregado com soja. Após carregado, o navio se soltou das amarras e
encalhou. A embarcação está presa no porto há 205 dias e transporta
59.674 toneladas de soja. O valor originário da carga era de cerca de
US$36 milhões.
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