quarta-feira, 29 de abril de 2015

Presidente da Abigraf afirma que "mecanismos meramente monetários (como elevar a Selic) são nocivos à retomada do crescimento"



      O presidente da Abigraf (Associação Brasileira da Indústria Gráfica), Levi Ceregato, afirmou que a decisão do Copom de posicionar a Selic em 13,25% ao ano, mantém os juros reais brasileiros em torno de cinco por cento e em primeiro lugar no ranking mundial, bem acima do segundo e terceiros colocados, a China e a Índia, competidores diretos do Brasil no comércio exterior, cujas taxas giram em torno de três por cento. “Infelizmente, esses mecanismos meramente monetários já não produzem efeitos no sentido de conter a inflação e são nocivos à meta de retomada do crescimento”, criticou ele.

      Segundo o dirigente, independentemente dos juros e dos demais obstáculos e causas da crise econômica brasileira, é preciso trabalhar muito e lutar contra o agravamento da situação econômica. “Somos um país com 200 milhões de habitantes e, portanto, com um dos maiores mercados consumidores do mundo", argumentou Levi.

      O presidente lembrou que é preciso alimentar, vestir, gerar empregos e manter com dignidade todo esse imenso contingente populacional. "Ao fazer isso, estaremos movimentando a economia. Assim, não basta lamentar os juros altos e demais problemas. É hora da superação, da criatividade, das promoções, campanhas inteligentes e do respeito à lei da oferta e da procura como reguladora dos preços e de muito trabalho. Também é necessário continuar reivindicando políticas públicas que estimulem os setores produtivos e repudiando a corrupção”, disse.

Nenhum comentário:

Postar um comentário