A presidente Dilma Rousseff participou nesta quarta-feira da cerimônia de inauguração da Ponte Anita Garibaldi, em Laguna (SC), em meio a protestos, "buzinaços" e "apitaços". Ela reconheceu que o Brasil passa por dificuldades
econômicas, mas afirmou que elas serão superadas. "Tem gente que diante
da dificuldade desiste, abaixa os braços, recua. Nós não somos esse tipo
de gente, nós enfrentamos a dificuldade", disse ela no ato.
A travessia custou R$ 750 milhões e é considerada fundamental na região para desafogar o trânsito entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul, agilizando inclusive a movimentação de produtos.
A presidente exaltou a construção da ponte e disse que
era preciso usar a obra como "inspiração". "A ponte une, fortalece,
junta energia, supera obstáculos", disse. "O que queremos no Brasil é
que se construam pontes. Temos de ter infraestrutura de qualidade para
desenvolver indústria e garantir empregos,"destacou.
Citando os
últimos 13 anos, com o PT no comando do país, Dilma disse que hoje o Brasil é mais forte e se tornou mais capaz de enfrentar crises. "Essa
ponte faz parte da nossa construção, faz parte da nossa capacidade de
reagir. Podem ter certeza que o Brasil irá voltar a crescer, gerar cada
vez mais pontes como essa, gerar emprego,"argumentou. A participação na
inauguração seguiu a recomendação do ex-presidente Luis Inácio Lula da
Silva que, durante reunião em Brasília nesta terça-feira, aconselhou
mais uma vez a presidente a adotar uma agenda positiva para desviá-la
do foco da crise política instaurada a partir da Operação Lava Jato e da
apresentação do ajuste fiscal.
A presidente chegou
acompanhada do governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, do PSD (na foto, com Dilma), e
foi recebida aos gritos de "Dilma, Dilma", mas também teve um "apitaço"
de servidores do Judiciário. Ao discursar no encerramento da
cerimônia, ela teve que se esforçar para falar mais alto que o som dos apitos e buzinas tocadas por cerca de 100 pessoas que faziam uma
manifestação. Entre outras reivindicações, os manifestantes pediam a
sanção do projeto de Lei 28/2015, que propõe reajustar os vencimentos
dos servidores do Judiciário federal.
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