O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), garantiu nesta
segunda-feira, 20, que o governo não estuda trocar o ministro Aloizio
Mercadante (foto), na Casa Civil, por Jaques Wagner, do Ministério da Defesa.
"O ministro Mercadante cumpre papel muito relevante junto com Eliseu
Padilha (Aviação Civil) e Michel Temer (articulação política). Essa
discussão não fez parte do cardápio", afirmou, referindo-se à reunião de
coordenação política desta manhã.
Questionado se Wagner seria um
nome mais neutro e por isso teria mais sucesso na negociação com o
Congresso, Guimarães disse que em política não existe neutralidade.
"Você tem de ter lado e no seu lado estabelecer com habilidade o
conjunto das relações políticas", sustentou. Para Guimarães, o
mais importante é começar essa agenda mais "proativa" e fazer uma
consolidação da base aliada. "Essas especulações (sobre Mercadante)
estão longe de ser realidade dentro do governo. O governo é um time. Não
teve essa discussão se tira ou não Mercadante. O meu testemunho é que
Mercadante tem me ajudado muito, junto com o Temer, e é um quadro
importante", argumentou.
O líder do governo afirmou, ainda, que
não vê dificuldades na relação com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), depois que o parlamentar declarou publicamente, na
sexta-feira, 17, o rompimento com o governo. "A relação com o presidente
é e será de respeito e harmonia. O que temos de fazer é dialogar. O
diálogo é sempre o melhor caminho. Não acho que isso imponha
dificuldade", observou Guimarães.
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