A Agência
Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) autuou a Companhia
Docas do Estado de São Paulo (Codesp) por não fiscalizar
as operações de grãos e a emissão de partículas na Ponta da Praia. A medida foi tomada depois de denúncia feita à Ouvidoria do órgão. A estatal que administra o Porto de Santos foi obrigada a
pagar uma multa superior a R$ 2 mil. A Docas recorreu, mas a
agência reguladora manteve a autuação.
A emissão de
partículas decorrentes das operações com grãos no Corredor de
Exportação, que fica em um bairro residencial, é um dos principais
conflitos Porto-Cidade da atualidade. A poluição gerada pelos embarques
de soja, o cheiro desagradável do produto e o tráfego intenso de
caminhões em direção ao cais santista são, atualmente, as principais
reclamações de moradores da cidade referem-se ao complexo portuário.
Foi uma dessas queixas que motivou a Antaq a autuar a Codesp. De acordo
com um acórdão publicado na edição de segunda-feira(20) do Diário
Oficial da União (DOU), a Docas descumpriu um item da Resolução 858, de
23 de agosto de 2007, que dispõe sobre a fiscalização das atividades de
exploração de portos públicos brasileiros. A poluição e o cheiro causado por operação de soja são as principais queixas de moradores da Ponta da Praia
No
13º artigo da regra, “não cumprir e não fazer cumprir normas e
regulamentos de proteção ao meio ambiente e à segurança do trabalho
portuário” são infrações a que está sujeita a Autoridade Portuária.
Neste caso, a multa a ser paga pode chegar até R$ 15 mil.
A decisão de autuar a Codesp partiu da
diretoria da Antaq, após a análise da reclamação que foi enviada à
ouvidoria da Agência, em outubro do ano passado. Após a determinação, a
Autoridade Portuária pediu uma reconsideração da decisão, que foi
negada.
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