sábado, 18 de julho de 2015

Dilma pede fim de barreiras tarifárias e não tarifárias no Mercosul

       A presidente Dilma Rousseff aproveitou seu discurso na plenária da Cúpula do Mercosul para se unir a Paraguai e Uruguai e pedir claramente o fim de barreiras tarifárias e não tarifárias dentro do bloco. Um plano de trabalho para levantar as barreiras até o final do ano foi acertado nesta quinta-feira (16) na reunião dos ministros das Relações Exteriores e chancelado pelos presidentes.

       "A crise econômica não pode ser razão para criarmos barreiras entre nós. Pelo contrário, deve reforçar nossa integração", afirmou a presidente. Apesar de evitar citações diretas, o recado claro é para a Argentina, que tem usado desde 2012 medidas burocráticas, como a Declaração Antecipada de Importação (Djai), para controlar as importações. Dilma defendeu também a importância de buscar acordos comerciais fora da região. "Estou certa de que a busca por novos mercados continuará sendo prioridade no Mercosul", disse.

       Sob pressão do Paraguai e do Uruguai, mais duramente afetados pelas barreiras, o bloco decidiu agir. Nos próximos seis meses, os cinco países do bloco, durante a presidência do Paraguai, farão uma varredura das barreiras tarifárias e não tarifárias, medidas equivalentes e outras que atrapalham a competitividade das empresas locais com a intenção de retirá-las em seguida, mesmo sob protestos argentinos, que não prometeu acabar com as Djais.

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