A presidente Dilma Rousseff aproveitou seu discurso na plenária
da Cúpula do Mercosul para se unir a Paraguai e Uruguai e pedir
claramente o fim de barreiras tarifárias e não tarifárias dentro do
bloco. Um plano de trabalho para levantar as barreiras até o final do
ano foi acertado nesta quinta-feira (16) na reunião dos ministros das
Relações Exteriores e chancelado pelos presidentes.
"A crise
econômica não pode ser razão para criarmos barreiras entre nós. Pelo
contrário, deve reforçar nossa integração", afirmou a presidente. Apesar
de evitar citações diretas, o recado claro é para a Argentina, que tem
usado desde 2012 medidas burocráticas, como a Declaração Antecipada de
Importação (Djai), para controlar as importações. Dilma defendeu também a
importância de buscar acordos comerciais fora da região. "Estou certa
de que a busca por novos mercados continuará sendo prioridade no
Mercosul", disse.
Sob pressão do Paraguai e do Uruguai, mais
duramente afetados pelas barreiras, o bloco decidiu agir. Nos próximos
seis meses, os cinco países do bloco, durante a presidência do Paraguai,
farão uma varredura das barreiras tarifárias e não tarifárias, medidas
equivalentes e outras que atrapalham a competitividade das empresas
locais com a intenção de retirá-las em seguida, mesmo sob protestos
argentinos, que não prometeu acabar com as Djais.
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