A Superintendência do Porto do
Rio Grande desde o início da nova gestão busca a qualificação da estrutura
portuária e a atração de novas cargas e melhorias. Com um patrimônio antigo e
sem orçamento para investimentos, a Suprg tem buscado no setor
privado os recursos necessários à ampliação e modernização do complexo
portuário. Entretanto, a Antaq (Agência Nacional de Transporte Aquaviário), órgão fiscalizador, tem sido extremamente
radical nas vistorias realizadas até o momento.
“A Presidência da República tem
mostrado o Brasil ao setor privado internacional buscando a atração de novos
investimentos, mas, o alto rigor e o radicalismo da atuação da Antaq têm
inviabilizado os projetos em andamento, e futuros, que poderiam ocorrer em Rio
Grande”, afirmou o superintendente do porto gaúcho, Janir Branco. A estrutura do Porto Novo, cais público, possui
várias décadas de funcionamento e não atendem as necessidades das cargas e
maquinários do século XXI. “Desde a gestão passada, o Porto tem buscado nas
parcerias público-privadas a alternativa para a falta de recurso próprio, "explicou ele.
"É uma
modernização e revitalização do espaço público, de uso coletivo, que estão
recebendo as melhorias. A Antaq não entende isso de uma boa forma e acaba
multando o porto trazendo ainda mais prejuízo”, reclamou o superintendente. A reforma dos armazéns,
localizados do Porto Novo, e a criação do Pátio de Toras está gerando emprego e
renda para a estrutura portuária. Tanto os armazéns, quando o pátio, são de uso
público, mas foram revitalizados com recursos dos operadores portuários que
possuem contratos para operar diversos produtos em Rio Grande.
“É um
contrassenso que um país que demite cerca de 16 mil pessoas por dia útil, tenha
órgãos contra projetos que contratem inúmeras pessoas. Nos casos locais, o
emprego gira em um grande ciclo desde caminhoneiros até trabalhadores
portuários avulsos. É uma grande cadeia que é movimentada”, argumentou Branco. "Estão operando nessas instalações projetos que devem movimentar quase três
milhões de toneladas/ano, apenas no cais público", frisou.
No caso das toras de madeira, que estão sendo
armazenadas em um pátio da Superintendência, a direção avalia como positiva a
chegada das cargas ao Porto do Rio Grande. “As toras foram buscadas nessa administração
e não poderiam estar aqui se não fosse pela adaptação do antigo Pátio Gota. Foi
uma ação de criatividade e dinamismo de nossa direção em buscar novas cargas,
valorizando o produto gaúcho em uma ação que mobiliza pessoas e recursos em um
raio de mais 120 km gerando riqueza para a região sul”, destacou o superintendente.
A direção
da SUPRG tem desde o início do ano buscado trabalhar de forma conjunta com
operadores, Governo Federal, sindicatos e órgãos fiscalizadores portuários e
ambientais para realizar os projetos dentro dos âmbitos legais e eficientes. “A
direção teme que esse processo de radicalismo das vistorias e autuações acabe
impedindo projetos em Rio Grande, gerando desemprego para a população e menos
renda para a instituição e o Estado”, concluiu Branco.
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