Os desembaraços por meio dos portos-secos de Minas Gerais seguem caindo. No primeiro semestre, foram desembaraçados US$
4,213 bilhões em mercadorias nas aduanas do estado contra US$ 5,047
bilhões nos mesmos meses de 2014, uma redução de 15%. Os
dados foram divulgados pela Receita Federal do Brasil (RFB).
Com
base nas informações da Receita, além da retração da economia nacional,
que impactou negativamente nos desembaraços dos portos-secos, o dólar
valorizado também penalizou e desestimulou os importadores. O valor
desembaraçado em Minas representou apenas 3,7% do total em todo o País
no primeiro semestre de 2015 (US$ 112,051 bilhões).
A queda de movimentação nas aduanas também aumentou a
concorrência entre elas próprias, especialmente em terminais da mesma
região, como no Triângulo Mineiro. O porto-seco de Uberlândia
desembaraçou US$ 46,9 milhões em mercadorias durante os seis primeiros
meses deste ano, 50,8% de queda frente ao mesmo período de 2014 (US$
95,5 milhões).
Já a aduana de Uberaba, também no
Triângulo, desembaraçou US$ 366,1 milhões na primeira metade do ano, bem
mais que em Uberlândia, mas igaulmente com retração de 8,5% em relação ao
valor desembaraçado em mercadorias no mesmo intervalo de 2014 (US$ 400,5
milhões), conforme as informações da Receita Federal.
Em Juiz de
Fora, na Zona da Mata, a situação da Mercerdes-Benz, com planta no
município, que era uma espécie de âncora das movimentações da aduana do
município, mudou o patamar de desembaraços neste porto-seco. O movimento
de mercadorias através do terminal somou US$ 144,8 milhões de janeiro a
junho, 61,1% menos em comparação com o valor das importações feitas em
igual intervalo do exercício anterior, que totalizaram US$ 373 milhões.
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