O vice-presidente do Syndarma (Sindicato Nacional das
Empresas de Navegação Marítima), Luís Fernando Resano, lembrou que apesar de a matriz dos transportes no Brasil ser predominantemente rodoviária, a cabotagem mesmo assim cresce de 10% a 12% ao ano. O executivo disse que os principais problemas dos armadores
nacionais estão na escolha entre a produção nacional, cara e sem
cumprimento de prazos, e a importação. Ele destacou que a razão dos
altos custos, nos dois casos, é simples e se chama: impostos.
Resano ressaltou que a solução depende da pressa do comprador “se tiver
contratos em mãos que demandem um serviço imediato, importe; se não,
encomende aqui mesmo e espere”. Para ele, ninguém vai comprar um navio para deixá-lo parado, sem
carga – e se ele está operando, é porque há mercado, “e nosso mercado de
cabotagem está em crescimento”.
Já o diretor da Antaq (Agência Nacional de Transportes
Aquaviários), Fernando José de Pádua Costa Fonseca, observou que uma das soluções
para incentivar o transporte de cabotagem é prestigiar o armador
brasileiro. “Podemos conseguir um frete muito mais em conta, apesar do
risco Brasil. Nosso custo portuário é muito elevado, precisamos
incentivar nossos armadores e melhorar nosso custo de logística”, salientou.
"A expectativa é que essas iniciativas tenham efeito cascata positivo
para o setor. Depois, investindo em tripulações, custo de praticagem e
uma série de transações, estimular a navegação do modal e os estaleiros", calculou Fonseca. As posições foram colocadas durante encontro para examinar o transporte marítimo, realizado em São Paulo.
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