sexta-feira, 17 de julho de 2015

Dirigente do Syndarma atribui aos altos impostos problemas da cabotagem no país

       O vice-presidente do Syndarma (Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima), Luís Fernando Resano, lembrou que apesar de a matriz dos transportes no Brasil ser predominantemente rodoviária, a cabotagem mesmo assim cresce de 10% a 12% ao ano. O executivo disse que os principais problemas dos armadores nacionais estão na escolha entre a produção nacional, cara e sem cumprimento de prazos, e a importação. Ele destacou que a razão dos altos custos, nos dois casos, é simples e se chama: impostos.

       Resano ressaltou que a solução depende da pressa do comprador “se tiver contratos em mãos que demandem um serviço imediato, importe; se não, encomende aqui mesmo e espere”. Para ele, ninguém vai comprar um navio para deixá-lo parado, sem carga – e se ele está operando, é porque há mercado, “e nosso mercado de cabotagem está em crescimento”.

       Já o diretor da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), Fernando José de Pádua Costa Fonseca, observou que uma das soluções para incentivar o transporte de cabotagem é prestigiar o armador brasileiro. “Podemos conseguir um frete muito mais em conta, apesar do risco Brasil. Nosso custo portuário é muito elevado, precisamos incentivar nossos armadores e melhorar nosso custo de logística”, salientou.

       "A expectativa é que essas iniciativas tenham efeito cascata positivo para o setor. Depois, investindo em tripulações, custo de praticagem e uma série de transações, estimular a navegação do modal e os estaleiros", calculou Fonseca. As posições foram colocadas durante encontro para examinar o transporte marítimo, realizado em São Paulo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário