O Tecon Rio Grande
(RS) vai embarcar 7,7 mil toneladas de soja no
segundo trimestre. Serão movimentados 275 contêineres, o maior embarque
da commodity já realizado por este formato pelo terminal, operado pelo
Grupo Wilson Sons. Os embarques, com destino a Xangai, China, iniciaram no final de abril e seguirão até junho.
Segundo o diretor comercial do Tecon,
Thierry Rios, o embarque de 275
contêineres de soja é um marco na atração de cargas agrícolas pelo
terminal gaúcho neste ano. Em abril, 3 mil toneladas de trigo ração já haviam
sido escoadas via contêiner para o Vietnã, comercializadas pela
Tradeagro. O terminal também desenvolveu no início do ano um projeto
piloto para exportação de farelo de soja, carga que passou a ser
embarcada regularmente para a Alemanha.
“A soja é
tradicionalmente movimentada em navios graneleiros, de carga solta,
porém a tendência de conteinerização do grão e seus derivados é cada vez
maior, tendo em vista os gargalos logísticos e as vantagens para os
donos da carga e clientes no exterior”, destaca Thierry.
O transporte de grãos via contêiner, na avaliação de traders, não
concorrem com as embarcações graneleiras por operarem volumes menores, já que entendem que contratar um navio inteiro para o envio de grãos em contêiner é
economicamente inviável. Mas grupos menores defendem o modelo como forma
de atender clientes com encomendas específicas (“taylor made”) ou
necessidades pontuais.
“Não é um negócio para as grandes
tradings, mas traz benefícios como facilidade na distribuição e um
melhor aproveitamento dos grãos que não sofrem alterações por condições
climáticas”, explica o presidente presidente da Tradeagro, Eduardo Figueiredo, que
auto-define a sua empresa como uma trading “boutique”. “No contêiner o
cliente sabe exatamente o que está comprando, pois a carga não é
misturada [com soja de outra procedência] e os contêineres são
lacrados”, argumenta.
O embarque de grãos via contêiner movimentou no ano
passado 36,7 mil toneladas no país, contra 2,3 mil toneladas em 2010.
Apesar do crescimento, esse modelo de transporte continua um grão de
areia se comparado aos milhões de toneladas exportadas por navio
graneleiros. A soja foi o carro-chefe dos embarques, representando em
torno de 20 mil toneladas. Paranaguá, Santos e São Francisco do Sul
foram as principais portas de saída do produto em contêiner. (Fonte: Valor Econômico)
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