quarta-feira, 27 de maio de 2015

Dilma diz que esgotamento do superciclo de commodities obriga o país a buscar acordos comerciais internacionais

      A presidente Dilma Rousseff afirmou que o esgotamento do superciclo de commodities levará o Brasil a ser mais agressivo na busca de acordos comerciais internacionais. A declaração foi feita um dia após anunciar o início de negociações de um amplo tratado nessa área com o México, na capital daquele país.

       Depois de negligenciar esse setor em seu primeiro mandato, Dilma avaliou que há um “valor estratégico” na integração de países com grandes mercados internos. A visita ao México marcou uma mudança na posição do Brasil, com o anúncio da negociação comercial e a assinatura de um acordo de cooperação e facilitação de investimentos, o primeiro do tipo a ser firmado com um país do continente.

       A forte elevação no preço das commodities na última década e os programas sociais do governo deram impulso à expansão do mercado interno, que se transformou em um ativo no momento em que as cotações declinam, afirmou Dilma.

       Mas o cenário mudou com a desaceleração da demanda chinesa, que atingiu de maneira especial o minério de ferro, principal produto de exportação do Brasil. Também houve queda acentuada na cotação do petróleo, em razão da elevação da oferta do produto.

       “Aquela conjuntura que se caracterizou por preços elevadíssimos e quantidades elevadíssimas vai se estabilizar em um patamar de preços menores e quantidades menores. Não digo para o agronegócio nem para as proteínas, que têm outro desempenho, mas certamente para os minérios e para o petróleo”, observou Dilma.

       Em sua avaliação, a mudança obriga o governo a ter um “maior esforço” na área internacional e na busca por acordos que estimulem o comércio além da pauta de commodities - que continuarão a ser importantes, mas não terão o mesmo peso de antes.

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