domingo, 24 de maio de 2015

Economista Raul Velloso afirma que cortes no orçamento não são suficientes para o governo cumprir meta de superávit primário

      O economista Raul Velloso disse que o contingenciamento do orçamento anunciado ontem não surpreendeu. Ficou dentro do esperado. As medidas deixaram outra certeza: de que o governo terá mesmo dificuldades para cumprir a meta deste ano de superávit primário (a economia para o pagamento da dívida pública), avaliou ele.

        O governo se comprometeu a fazer um superávit primário de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Especialista em contas públicas Velloso afirmou que ficou claro que a meta está mais distante porque a equipe do ministro da Fazenda Joaquim Levy, não conseguiu cortar tudo o que precisava e queria. "Ou em algum momento do ano o Levy vai se desgastar anunciando outro contingenciamento ou teremos novos aumentos de carga tributária para fechar a conta", previu.

       O contingenciamento foi de quase R$ 70 bilhões, mas precisava ser o dobro. Segundo Velloso, como as despesas subiram muito em 2014, o parâmetro de corte adotado, ao que tudo indica, foi o PIB de 2013. "Cortaram algo como 0,1 ponto porcentual em relação ao PIB de 2013 - o que não é suficiente: seria necessário fazer um corte de 0,7 ponto porcentual", argumentou. 

      

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