A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) defende em relatório divulgado nesta segunda-feira (25) que a região
precisa diversificar sua cesta de exportações para a China, que se
concentra basicamente no setor primário. Para isso é necessário avançar
em produtividade, inovação, infraestrutura logística e formação e
capacitação de recursos humanos.
"Assim, na medida em que a cooperação com a China ajude a resolver nossas brechas de infraestrutura, logística e conectividade, estimularia também o comércio intrarregional e a gestão de cadeias regionais de valor", aponta o texto.
A Cepal lembra que a China está modificando rapidamente o mapa da economia mundial, reforçando os vínculos entre os países emergentes e contribuindo para um ciclo inédito de crescimento, comércio, investimento e redução da pobreza. Entretanto, desde 2012 a economia chinesa vem desacelerando, o que implica em queda nos preços das commodities.
O comércio de bens entre os dois blocos caiu 2% em 2014 ante 2013, para US$ 269 bilhões, com os países latino-americanos registrando a primeira queda nas exportações (-10%) para a China neste século. No ano passado, o Brasil representou 42,6% das exportações da América Latina e Caribe para o gigante asiático, com US$ 40,616 bilhões.
A entidade aponta ainda que, devido à alta participação das indústrias extrativas nas exportações latinas e caribenhas para a China, esse comércio gera relativamente menos empregos e um maior impacto ambiental. "Apesar de a região ter se beneficiado por diversas vias do dinamismo das exportações para a China, a composição da cesta exportadora segue constituindo um motivo de preocupação", aponta o relatório. "Nesse contexto, a diversificação exportadora é um desafio urgente". Imagem: Shangai, na China
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