sexta-feira, 29 de maio de 2015

Parlamentares baianos se unem para salvar projeto naval de Enseada

        Os escândalos na Petrobras e suas subsidiárias, apurados pela Operação Lava Jato, já provocaram a demissão de mais de 6 mil trabalhadores nos últimos quatro meses no setor naval na Bahia. O projeto Enseada, que previa a construção de seis sondas e investimentos de R$ 1,7 bilhão, foi interrompido em novembro, quando já havia atingido 82% de avanço físico das obras.
 

       O presidente do Enseada, Fernando Barbosa, disse que para concluir as obras são necessários R$ 600 milhões, que aguardam liberação do financiamento concedido pelo Fundo da Marinha Mercante e do qual o empreendimento já havia recebido R$ 1 bilhão. "Precisamos que a Caixa e o Banco do Brasil liberem os empréstimos para que possamos retomar as atividades", explicou o executivo.

         Barbosa reforçou também a importância da manutenção dos acordos feitos com a Petrobras e afirmou que "para que isso aconteça a estatal precisa confirmar os contratos que ela assinou. Automaticamente, depois que a Petrobras decidir isso, os investimentos devem ser liberados", calculou.

        O senador Walter Pinheiro (PT) garantiu a união de toda bancada baiana - independente de partidos - em prol da liberação dos investimentos. "Aqui não  se trata nem de concepção de governo, nem de partido, mas da concepção de desenvolvimento econômico para o nosso estado", esclareceu.
 

       O deputado federal da oposição José Carlos Aleluia (DEM), ponderou que a bancada baiana sozinha não pode fazer muita coisa e por isso cobrou maior engajamento do governador Rui Costa. "É necessário que o governo assuma o comando das reivindicações. Os deputados isoladamente não vão conseguir resolver isso sozinhos". Aleluia afirmou que o motivo de todos os problemas estão na Petrobras. "O problema é gigantesco. É evidente que a origem de tudo está nos erros cometidos pela Petrobras na crise do petrolão".

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