Os escândalos na Petrobras e suas subsidiárias, apurados pela Operação Lava Jato, já provocaram a demissão de mais de 6 mil
trabalhadores nos últimos quatro meses no setor naval na Bahia. O projeto Enseada, que previa a construção de seis sondas e investimentos de R$ 1,7 bilhão, foi interrompido em
novembro, quando já havia atingido 82%
de avanço físico das obras.
O presidente do
Enseada, Fernando Barbosa, disse que para concluir as obras são necessários R$ 600
milhões, que aguardam liberação do financiamento concedido pelo
Fundo da Marinha Mercante e do qual o empreendimento já havia recebido
R$ 1 bilhão. "Precisamos que a Caixa e o Banco do Brasil liberem os
empréstimos para que possamos retomar as atividades", explicou o executivo.
Barbosa
reforçou também a importância da manutenção dos acordos feitos com a
Petrobras e afirmou que "para que isso aconteça a estatal precisa
confirmar os contratos que ela assinou. Automaticamente, depois que a
Petrobras decidir isso, os investimentos devem ser liberados", calculou.
O
senador Walter Pinheiro (PT) garantiu a união de toda bancada baiana -
independente de partidos - em prol da liberação dos investimentos. "Aqui
não se trata nem de concepção de governo, nem de partido, mas da
concepção de desenvolvimento econômico para o nosso estado", esclareceu.
O deputado federal da oposição José Carlos Aleluia (DEM), ponderou que a bancada
baiana sozinha não pode fazer muita coisa e por isso cobrou maior
engajamento do governador Rui Costa. "É necessário que o governo assuma o comando das reivindicações. Os deputados isoladamente
não vão conseguir resolver isso sozinhos". Aleluia afirmou que o motivo
de todos os problemas estão na Petrobras. "O problema é gigantesco. É
evidente que a origem de tudo está nos erros cometidos pela Petrobras na
crise do petrolão".
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