O fundo de US$ 50 bilhões prometidos pelo Banco Comercial e
Industrial da China (ICBC) só terá resultado efetivo a partir do
primeiro semestre de 2016. Um grupo de trabalho formado por
representantes da Caixa Econômica Federal (que administrará os recursos) e do ICBC, que é o maior banco do mundo, vai
passar os próximos 60 dias trabalhando no formato do fundo e suas regras
de financiamento. Só depois desta etapa é que serão definidos quais os
empreendimentos prioritários para o fundo.
Os recursos virão do chamado "Programa de Financiamento Verde" para a América Latina e Caribe (GFP), criado pelo banco chinês para bancar projetos sustentáveis em energia limpa, infraestrutura e agricultura na região. Segundo a diretoria da Caixa, os recursos não vão bancar apenas empreendimentos tocados pelos asiáticos no Brasil, ou seja, o dinheiro ficará à disposição de qualquer empreendedor que tenha um projeto enquadrado nos critérios do programa.
Não está decidido se o fundo apenas oferecerá linhas de crédito às empresas brasileiras e chinesas que tocam projetos de interesse dos dois países ou se atuará também como um fundo de participações, ou seja, sendo sócio das companhias. Esse último modelo é o adotado pelo fundo de investimento com os recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, o FI-FGTS, também administrado pela Caixa. O FI-FGTS não só empresta dinheiro às empresas para os projetos de infraestrutura como também atua como sócio de algumas companhias.
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