quarta-feira, 20 de maio de 2015

Governo recua da decisão de aumentar alíquotas sobre receitas das exportações

       O governo federal recuou da decisão de elevar as alíquotas de PIS/Pasep e da Cofins incidentes sobre as receitas financeiras decorrentes das variações cambiais das operações de bens e serviços para o exterior, dos financiamentos e empréstimos em moeda estrangeira e das chamadas operações de hedge - realizadas pelas empresas como uma forma de se proteger de oscilações no câmbio. 
Em abril, a Receita Federal havia estabelecido que todas as alíquotas incidentes sobre todas receitas financeiras subiriam de zero para 4,65% a partir de 1º de julho. Com o decreto desta quarta-feira, o governo estabeleceu exceções.

      A tributação para os demais rendimentos de aplicações financeiras subirá em 1º de julho, conforme o anúncio realizado em abril. Isso inclui, por exemplo, as receitas financeiras de investimentos no mercado de instituições não financeiras e operações especulativas. A Receita manteve a estimativa de arrecadação extra de R$ 2,7 bilhões este ano.

      "Nossa expectativa é que não haja relevante impacto fiscal (com a alteração de hoje). Provavelmente, vai haver algum, mas a nossa estimativa é que seja bem pequeno", disse o chefe da Divisão de Tributos sobre a Receita e a Importação da Receita Federal, Roni Peterson Brito.
As alíquotas de PIS/Pasep e da Cofins sobre rendimentos de aplicações financeiras foram zeradas em 2004 em contrapartida à extinção de um benefício que as empresas possuíam.

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