A recente alta nos juros agrícolas e a incerteza sobre a política
econômica devem fazer com que os negócios gerados na 22ª edição da Feira
Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow) despenquem 30%
ante os R$ 2,7 bilhões negociados em 2014, segundo estimativa dos
organizadores divulgada na última sexta-feira (1º). Com isso, as
vendas fomentadas pela maior feira de agronegócios da América Latina,
encerrada neste sábado, em Ribeirão Preto (SP), devem ficar próximas a R$ 1,9
bilhão.
Exceto na edição de 2009, quando as grandes montadoras
boicotaram o evento, será a primeira queda estimada nas vendas anuais
nas 22 edições da Agrishow. "O Brasil vive hoje uma crise de confiança,
sentida também pelo produtor rural. A esperança dos realizadores é que o
Plano Safra, previsto para ser anunciado no dia 19 de maio, possa
fornecer as condições necessárias para a retomada dos investimentos",
informaram.
Apesar da queda estimada nas vendas, o público na
feira deve ser praticamente o mesmo observado na edição de 2014, de 160
mil visitantes. "Se houver queda, será insignificante", informou José
Danghesi, diretor da Agrishow. A edição de 2016, no entanto, deve
ter uma redução natural de público, já que será realizada de 25 a 29 de
maio e não contará com o feriado de 1º de maio, que cai em um domingo. O
feriado, como hoje, é tradicionalmente o dia de maior movimento na
Agrishow.
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