O Tribunal de Contas da União (TCU) está analisando indícios de irregularidades em licitações e
contratos da Companhia Docas do Pará (CDP) que foram objeto de
investigação pela Controladoria-Geral da União (CGU) e do Departamento de
Polícia Federal (DPF), na ação denominada “Operação Galiléia”. Segundo o tribunal, o grande número de fatos apontados na operação,
relacionados a fraudes em licitação na CDP, levou o órgão a constituir
processos para análise de cada um dos contratos com indícios de
irregularidades.
O TCU analisou as manifestações de dois
ex-dirigentes da CDP sobre irregularidades praticadas no
contrato 25/2003, firmado para recuperação do galpão e do muro
localizados nos lotes V e W no porto de Belém. As defesas dos
responsáveis não foram acatadas pelo órgão, que considerou irregular o
termo aditivo feito ao contrato para prorrogação de prazo e acréscimo de
serviços após o fim da sua vigência, o que não é permitido pela
legislação.
"Apesar de o aditivo irregular detectado ser de
baixa materialidade, o tribunal considerou também as evidências de
práticas de direcionamento nas licitações, inexecução contratual e
sobrepreço, apuradas na Operação Galiléia, para aplicar multa aos
ex-gestores da CPD", relatou o órgão em nota. O ministro Augusto Nardes é
o relator do processo. Cabe recurso da decisão. Outros 19 processos que analisam contratos com indícios semelhantes de irregularidades da CPD também tramitam no TCU.
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