domingo, 23 de agosto de 2015

Conselho Empresarial da América Latina defende mais investimentos em infraestrutura como caminho para maior integração da região

      O Conselho Empresarial da América Latina (Ceal) realizou assembleia, em Porto Rico, com a participação de mais de 100 lideranças empresariais e chefes de Estado. A integração energética, investimentos em infraestrutura e empreendedorismo inovador foram questões defendidas no encontro como caminhos para uma maior integração comercial e econômica da região.
        A posição de consenso da assembleia do Ceal sugere uma América Latina mais unida. "Isso, dentro de uma expectativa onde podemos atrair mais investimentos, fazer mais comércio e ter uma posição de destaque entre os grandes blocos", disse o presidente internacional do Ceal, o engenheiro brasileiro Ingo Ploger, que participou do encontro na última semana.
        O PIB latino-americano corresponde a cerca de US$ 9 trilhões. "É metade do PIB dos Estados Unidos e da União Europeia e equivale a dois terços do PIB da China", afirmou Ploger. Segundo ele, na região existem cadeias produtivas globais estratégicas e bem posicionadas, entre as quais as proteínas vegetais e animais e alguns recursos naturais. Além disso, os países latino-americanos adicionam cada vez mais serviços na sua pauta de exportação. Nessa área, tem crescido muito a indústria do turismo, observou.
       Para uma maior inserção da América Latina no contexto global, além das cadeias produtivas globais, inovações e empreendedorismo, cujas soluções atingem vários países ao mesmo tempo, o presidente do Ceal destacou a integração energética. "Os países estão buscando eficácia energética, do qual o Brasil é um grande provedor na área da biomassa e de fontes renováveis, como a solar", ressaltou Ploger.
        Já o vice-presidente do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), embaixador José Botafogo Gonçalves, disse não ter dúvida de que os caminhos propostos podem fortalecer a América Latina. "Embora seja uma região muito vasta, os países têm aspectos em comum importantes, além da herança ibérica. Boa parte dos países latinos faz parte do grupo de economias emergentes, onde há uma incorporação crescente de consumidores na nova classe média, ressaltou.

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