Governo assina, finalmente, o contrato de US$ 4,5 bilhões para a compra dos jatos Gripen da Suécia

       A compra de 36 caças para a FAB (Força Aérea Brasileira) finalmente decolou, depois de 14 anos de negociações com vários fabricantes. Nesta terça-feira (25), foi assinado ,em Londres (RU), o contrato de financiamento para aquisição das aeronaves Gripen NG, da Suécia, por um valor total de cerca de US$ 4,5 bilhões. A quantia deve ter sido considerada irrisória, mesmo para um país mergulhado em crise política e econômica, que não tem dinheiro para construir estradas e outras benfeitorias.

      O negócio havia sido definido em julho entre os governos do Brasil e da Suécia. Ficou acertado que a taxa de juros anuais será de 2,19%, inicialmente. O índice defendido pelos suecos era de 2,54%. De acordo com o Ministério da Defesa, a diferença representa uma economia de R$ 600 milhões, quantia modesta diante do valor total da compra (cerca de US$ 4,5 bilhões). Ah, bom.

       No início deste mês, o Senado aprovou o contrato de crédito entre o Ministério da Defesa e a SEK (agência de promoção de exportações do país escandinavo) para financiar o projeto FX-2, de aquisição dos caças. A conclusão dessa etapa ocorreu na embaixada brasileira em Londres -as regras do financiamento seguem a legislação do Reino Unido. 

       O ministro da Defesa, Jaques Wagner, afirmou que o projeto vai "garantir a soberania nacional do espaço aéreo brasileiro". A partir de agora, explicou, começa a "fase de execução do contrato comercial, com aquisição e desenvolvimentos dos caças". A previsão é que a primeira aeronave seja entregue em 2019 e a última, em 2024. Do total de 36 unidades, 15 serão produzidas em território nacional. A expectativa é que, a partir da transferência de tecnologia, o Brasil passe a ser fornecedor de aeronaves de combate.