Petrobras aumenta exigências para aprovar plano de reestruturação da Sete Brasil

       A Petrobras aumentou as exigências para aprovar o plano de reestruturação da Sete Brasil, prolongando, deste forma, a agonia financeira da empresa e pode terminar jogando uma pá de cal no projeto de construir sondas de perfuração de petróleo no Brasil. Entre as obrigações impostas pela estatal para aprovar o plano está uma lista de empresas operadoras de sondas com as quais a Sete não poderá se associar, algumas delas investigadas na Operação Lava-Jato.
       A petrolífera também multiplicou por seis o valor da multa a ser aplicada à Sete, em relação ao que constava nos contratos originais, caso a empresa descumpra os requisitos de conteúdo local mínimo.
Fontes que acompanham as discussões revelaram que a reestruturação da Sete está virtualmente paralisada na Petrobras. O tema não foi levado para aprovação da diretoria, nem foi apresentado ao conselho de administração da estatal. Apesar disso, em nota divulgada ontem, a Petrobras afirmou que apoia e participa do projeto de reestruturação da companhia.
       Segundo as fontes, a Petrobras fez novas exigências para aprovar a reestruturação. No fim de junho houve uma reunião, no Banco Itaú, com mais de 50 credores da Sete e dois gerentes-executivos da Petrobras. Houve acordo para levar adiante o plano de reestruturação financeira, mas nas semanas seguintes surgiram dificuldades levantadas pelo departamento jurídico e por áreas técnicas da estatal. Foram impostas, por exemplo, condições mais duras para que a Sete se qualificasse como operadora de sondas.