"A instabilidade no mercado chinês causa preocupação para a economia
global, mas o Brasil está menos vulnerável por não ter tanta dependência
do comércio exterior”. A avaliação é do ministro do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto. Segundo ele, a parcela que o Brasil exporta do PIB é
relativamente pequena, representando 10% do
PIB, enquanto em alguns países, como a Alemanha, chega a 40%. “Se nós tivéssemos
mais dependência do comércio exterior, estaríamos mais vulneráveis”,
afirmou.
Mesmo assim, o ministro admite que o mundo todo tem as atenções voltadas para a China neste momento, o que pode nos indicar uma preocupação. “O mundo
inteiro nessa hora tem os olhos voltados para a China acompanhando o
desenrolar dessa crise, desse momento de instabilidade que marca a
economia chinesa. Pelo extraordinário peso que a China atingiu na
economia internacional, os reflexos desse processo podem trazer
elementos de preocupação para o comércio internacional e para a economia
global”, destaca.
Para Monteiro, o país já vinha sofrendo os efeitos da desaceleração
global e já sente os efeitos dessa desaceleração porque a
queda do preço das commodities vem se agravando cada vez mais. “O país
já perdeu US$ 12 bilhões na balança comercial de janeiro a julho só com o
efeito da queda de preço de bens exportados, sobretudo commodities
agrícolas e minerais”, salienta.
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