As Bolsas dos EUA fecharam em queda forte, com os principais índices nas
mínimas do dia. O S&P-500 fechou abaixo da média de fechamento das
últimas 200 sessões e passou a acumular queda no ano. O Dow Jones teve
sua maior queda em termos porcentuais desde 3 de fevereiro de 2014 e
fechou abaixo dos 17 mil pontos pela primeira vez desde outubro de 2014.
O Nasdaq teve sua maior queda em um dia desde 10 de abril do ano
passado. Na Chicago Board Options Exchange (CBOE), o índice de
volatilidade VIX subiu 25,51%, para 19,14; ele subiu 38% nas últimas
três sessões.
O mercado norte-americano acompanhou as quedas das
Bolsas globais; na China, o índice Shanghai Composite caiu 3,4%; as
Bolsas de Hong Kong e de Taiwan entraram em tendência de queda
(acumulando baixas de 20% em relação aos picos atingidos em abril) e o
FT-100, da Bolsa de Londres, acumula oito sessões consecutivas de perdas
e entrou em correção (queda de 10% em relação à máxima de abril).
Segundo traders, a queda se deve a vários fatores, entre eles o nervosismo causado pela
turbulência do mercado de ações da China e pela desvalorização do yuan
chinês, as quedas fortes das moedas dos países emergentes e produtores
de commodities nesta quarta-feira e hoje, os sinais de que estaria
começando uma "guerra cambial" entre vários países (o Casaquistão
desvalorizou sua moeda em 25%), os preços baixos do petróleo e de outras
commodities e a incerteza quanto à perspectiva das taxas de juro nos
EUA deixada pela ata da última reunião do Federal Reserve, divulgada
ontem. O anúncio de que o primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras,
vai renunciar ao cargo e convocar eleições parlamentares para setembro
adicionou uma dose de incerteza política.
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