sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Novas exigências de Petrobras provocarão prejuízo extra de mais de US$ 600 milhões à Sete Brasil


       A Sete Brasil terá prejuízo extra de US$ 600 milhões a US$ 800 milhões devido às novas exigências feitas pela Petrobras para a operação de sondas do pré-sal. o valor foi calculado pelos sócios da empresa. A perda representa 15% dos 4 bilhões de dólares já investidos por ela até agora.
Criada para construir navios que posteriormente seriam alugados pela estatal para explorar petróleo em áreas profundas, a Sete Brasil luta para se reerguer desde que foi citada na operação Lava Jato.
       O escândalo paralisou a compra de plataformas e aparelhos e minou o caixa da companhia, já que a petroleira está atrasando pagamentos e os custos de financiamento subiram. Devido à queda dos preços do barril de petróleo, o aluguel de sondas de petróleo no exterior passou a custar cerca de 300 mil dólares por dia, enquanto a Sete Brasil cobraria mais de 400 mil dólares diários.
       
       Por isso, técnicos da Petrobras planejariam desfazer acordos com a empresa. O plano de reestruturação da Sete prevê que ela opere pelo menos sete das 15 sondas em construção para que o investimento se torne viável. Mas, pelas novas exigências da Petrobras, como a parceira não tem experiência em comandar esse tipo de atividade, apenas cinco navios poderão ser administrados por ela. 
       A Sete Brasil fica ainda proibida de ter participação minoritária nas outras empresas que vão operar as demais sondas. Além disso, a área técnica da estatal pedia o cancelamento dos contratos dos equipamentos em que a Sete não cumprisse a cota de conteúdo nacional. Após negociações, concordou-se em resolver o impasse com o pagamento de multa, como previsto anteriormente, mas o valor da punição foi dobrado.

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