segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Estudo da CNI considera queda nas exportações para a América do Sul mais grave que crise internacional

        A CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgou estudo, revelando que um em cada quatro itens manufaturados exportados pelo país segue para a América do Sul e que as vendas externas chegaram ao seu nível mais baixo no ano passado. Segundo a entidade, para os industriais brasileiros, mais do que a crise internacional e o efeito China, o que pesou mesmo foi a acentuada perda de mercado nos países vizinhos.
         "Os acordos comerciais que nós tínhamos ficaram parados no tempo, não acompanharam as negociações que os países fizeram com outros parceiros", argumentou Carlos Eduardo Abijaodi, diretor da CNI. Ele explicou que, além das barreiras tarifárias, o Brasil deve negociar investimentos, serviços e compras govenamentais com os vizinhos, para ter acesso aos seus mercados.
       "Temos que parar de nos preocuparmos com as importações e focarmos nas
exportações de produtos industriais do Brasil para a América do Sul", relatou Abijaodi.  "Temos que trabalhar para recuperar mercados que foram nossos", aconselhou ele.
       A entidade detectou que a indústria brasileira perdeu vendas principalmente de tratores e pneus no Paraguai, produtos de aço e máquinas agrícolas na Bolívia e autopeças no Uruguai. Sugeriu que novas frentes possam ser a venda de peças, óleo de soja e automóveis para Chile e Peru.


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