segunda-feira, 24 de agosto de 2015

As justiças do Peru e dos Estados Unidos investigam respingos nos seus países dos escândalos na Petrobras

       As justiças dos Estados Unidos e do Peru decidiram investigar os respingos dos escândalos de corrupção e superfaturamento na Petrobras nos seus países. Os investigadores norte-americanos já recolheram cópias de documentos levantados pela Operação Lava-jato que podem sustentar uma ação coletiva milionária em curso na Suprema Corte de Nova Iorque, enquanto o procurador de Justiça peruano Pablo Sánchez revelou que "ainda não há nome de pessoas. "Mas quando for estabelecido ou definido quem participou de atos delitivos, aí começará uma investigação mais profunda", aidantou.
       A procuradoria peruana iniciou investigações em julho depois da revelação de que as empresas brasileiras envolvidas no caso de corrupção na estatal petrolífera também foram acusadas de pagar subornos durante a execução de uma grande obra no Peru, a estrada interoceânica, que liga a floresta amazônica, no Brasil, à costa peruana. A obra foi construída entre 2005 e 2011 pela brasileira Camargo Corrêa e custou US$ 800 milhões. A suspeita de que os trabalhos foram supervalorizados para pagar propinas a políticos peruanos.
       Nos Estados Unidos, um grupo reclamou judicialmente de perdas milionárias provocadas pelo esquema de corrupção na Petrobras após compra de ações da estatal brasileira que vieram a sofrer baixas na bolsa de Nova Iorque. Fontes norte-americanas revelaram que os ex-presidentes da companhia, Sérgio Gabrielli e Graça Foster (foto), deverão ser citados. A Petrobras, por negociar papéis nos Estados Unidos, é obrigada a comunicar fatos que possam influenciar a decisão de investidores, o que, informaram essas fontes, não teria ocorrido de forma apropriada. 

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