A
Confederação Nacional da Indústria (CNI) acredita que o novo acordo automotivo
firmado entre Brasil e México é fundamental para fortalecer a atividade das
montadoras brasileiras. A entidade defende ainda uma negociação ambiciosa que
contemple outros setores industriais, podendo chegar a um tratado de livre
comércio entre os dois países. Levantamento em curso que está sendo feito pela
CNI mostra que, entre as 34 associações setoriais da indústria ouvidas, 80%
defendem a ampliação do acordo comercial com o México para reduzir as alíquotas
de outros produtos.
Atualmente,
além do acordo automotivo, o Brasil possui com o país um Acordo de
Complementação Econômica (ACE 53) que contempla 793 produtos com tarifa zero
para somente 20% deles. Para a CNI, o fato de já haver um volume de
preferências negociadas pode servir de base para a negociação de acordos mais
abrangentes. A criação de uma área de livre comércio já é prevista em um acordo
existente entre o México e o Mercosul. O
México é um dos cinco mercados prioritários com os quais o Brasil deve
estreitar as negociações para acordos mais abrangentes, segundo proposta
apresentada pela CNI aos candidatos à Presidência da República durante as
eleições de 2014. Entram na lista ainda os Estados Unidos, a União Europeia, a
Índia e a África do Sul.
"O
acordo automotivo é muito importante para fortalecer as relações comerciais
entre os dois países. Mas, para a indústria brasileira, este é o momento de dar
um salto para ampliar a negociação para outros produtos e com tarifas reduzidas
a zero. O México é um parceiro prioritário para o Brasil em função do tamanho e
da relevância de seu mercado e do grau de complementaridade com a estrutura
produtiva brasileira", afirma o diretor de Desenvolvimento Industrial da
CNI, Carlos Abijaodi. Mais
de 80% das exportações brasileiras para o México são de produtos manufaturados.
Além dos automóveis, os produtos mais vendidos são máquinas mecânicas, produtos
químicos e produtos eletroeletrônicos.
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