terça-feira, 31 de março de 2015

Ministro do Planejamento assegura à ABTP que recursos do PAC para investimentos em logística serão mantidos



      A administração da Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP) foi recebida em Brasília (DF) pelos ministros do Planejamento, Nelson Barbosa e do Trabalho, Manoel Dias e o secretário de Gestão dos Programas de Transportes, Miguel de Souza.

      Com o Ministro do Trabalho, a ABTP defendeu a adoção das diretrizes da Convenção 137 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da qual o Brasil é parte, e a necessidade de adequar o contingente de trabalhadores avulsos, cerca de 26 mil profissionais, às necessidades atuais dos portos. A associação também defendeu a capacitação permanente da mão de obra portuária, com ênfase na multifuncionalidade, preparando os trabalhadores para operar os equipamentos modernos dos portos e aumentar a competitividade dos produtos brasileiros no comércio exterior.

      O ministro Dias afirmou que o Governo não incentivará o aumento do número de trabalhadores avulsos e que as propostas da ABTP serão estudadas no âmbito do Grupo de Trabalho Tripartite dos Portos, com foco na busca de alternativas para a solução desse histórico problema da orla portuária.

      Já na pauta de Transportes, a ABTP destacou obras prioritárias de acesso rodoviário e ferroviário aos portos que reduzem diretamente os custos logísticos, além de impactar no Custo Brasil. Para o porto de Santos foram apresentadas 29 propostas, somente nessa linha.

      Entre os principais temas abordados com o ministro do Planejamento, estiveram a Portaria SPU n. 404/2012, que estabelece uma taxa a ser cobrada pelo uso do espelho d´água – o que retarda os pedidos de ampliação e/ou de novos terminais privados -, a revisão da Taxa Interna de Retorno (TIR) dos terminais, o regime do Reporto, as obras do PAC e dragagens.

      Quanto à TIR, o Ministro reconheceu que se trata de uma questão de mercado e que, diante do novo cenário econômico, é preciso trata-la com realismo e caso a caso: terminais diferentes, TIR diferentes. Sobre o Reporto, Barbosa informou que o Ministério da Fazenda já está estudando a possibilidade da sua renovação.

      Em relação ao PAC, Barbosa informou que os recursos serão mantidos e serão iniciados estudos para a concessão de hidrovias. A ideia é passar o maior número possível de obras para o setor privado. Foi também solicitado apoio para revisão da Portaria da SEP n.110/13 que contraria a Lei n. 12.815, impedindo os terminais privados de ampliarem suas atividades dentro da área do porto – ou se fora, em até 25% da área atual. Comentou ainda que em abril o Governo deve abrir pedido de manifestação de interesse (PMI) para concessão de dragagem de canais de acesso para Santos, Paranaguá e Rio Grande.

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