O diretor de assuntos governamentais e políticas públicas da GE, Erik Camarano, disse que levar equipamentos para o fundo do oceano e lá separar a água do
petróleo, enviando apenas o óleo para a plataforma na superfície, requer
muita pesquisa. A tecnologia, conhecida como "subsea factory", ainda
não está disponível no Brasil. O executivo explicou que com o conceito é
possível acelerar a produção de barris de petróleo e gás e reduzir os
custos. A GE trabalha na pesquisa dessa tecnologia em parceria com
outras companhias.
Atualmente, as empresas que fazem extração de
petróleo instalam seus equipamentos na plataforma acima do poço, com
tubos que vão até o fundo do mar. O óleo é extraído junto com a água e
levado à plataforma para a separação. Depois, a água é devolvida ao mar.
Para
levar esse processo ao assoalho oceânico é preciso superar condições
difíceis de operação, já que o pré-sal está em grande profundidade, há
muita pressão da água, salinidade e movimento da maré. É nesse ambiente
hostil que devem ser instalados controles elétricos para separar a água
do óleo, tubos flexíveis e um conjunto de compostos.
Os equipamentos
usados na plataforma são pesados e longos, mas ficarão mais leves e
menores se forem levados ao fundo do mar, porque terão de transportar
apenas óleo. A plataforma e os custos também devem encolher.
"Através
de um pensamento inovador e colaboração com parceiros e fornecedores,
nosso objetivo é desenvolver os elementos necessários para uma fábrica
submarina em 2020", informa a Statoil em seu site. A empresa norueguesa
de energia diz que um de seus parceiros é a GE.
A parte
brasileira da GE nessa pesquisa está sendo conduzida pelo laboratório da
Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro, inaugurado em novembro. É um dos
cinco centros globais entre os sete que a empresa possui. "O Brasil tem
potencial de inovação e boa qualidade de recursos humanos", disse
Camarano. Em sua opinião, o convênio com o MIT vai ajudar o país a
avançar em vários aspectos do processo de inovação e a pensar como se
inserir na cadeia de valor mundial.
O plano de investimento da GE
para o país é de US$ 500 milhões para o período 2012-2020. O valor é
parte dos US$ 5 bilhões que a GE destina por ano à inovação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário