terça-feira, 31 de março de 2015

GE desenvolve projeto de fábrica submarina para explorar petróleo no fundo do mar

      O diretor de assuntos governamentais e políticas públicas da GE, Erik Camarano, disse que levar equipamentos para o fundo do oceano e lá separar a água do petróleo, enviando apenas o óleo para a plataforma na superfície, requer muita pesquisa. A tecnologia, conhecida como "subsea factory", ainda não está disponível no Brasil. O executivo explicou que com o conceito é possível acelerar a produção de barris de petróleo e gás e reduzir os custos. A GE trabalha na pesquisa dessa tecnologia em parceria com outras companhias.

      Atualmente, as empresas que fazem extração de petróleo instalam seus equipamentos na plataforma acima do poço, com tubos que vão até o fundo do mar. O óleo é extraído junto com a água e levado à plataforma para a separação. Depois, a água é devolvida ao mar.

      Para levar esse processo ao assoalho oceânico é preciso superar condições difíceis de operação, já que o pré-sal está em grande profundidade, há muita pressão da água, salinidade e movimento da maré. É nesse ambiente hostil que devem ser instalados controles elétricos para separar a água do óleo, tubos flexíveis e um conjunto de compostos.
      Os equipamentos usados na plataforma são pesados e longos, mas ficarão mais leves e menores se forem levados ao fundo do mar, porque terão de transportar apenas óleo. A plataforma e os custos também devem encolher.

      "Através de um pensamento inovador e colaboração com parceiros e fornecedores, nosso objetivo é desenvolver os elementos necessários para uma fábrica submarina em 2020", informa a Statoil em seu site. A empresa norueguesa de energia diz que um de seus parceiros é a GE.

      A parte brasileira da GE nessa pesquisa está sendo conduzida pelo laboratório da Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro, inaugurado em novembro. É um dos cinco centros globais entre os sete que a empresa possui. "O Brasil tem potencial de inovação e boa qualidade de recursos humanos", disse Camarano. Em sua opinião, o convênio com o MIT vai ajudar o país a avançar em vários aspectos do processo de inovação e a pensar como se inserir na cadeia de valor mundial.

      O plano de investimento da GE para o país é de US$ 500 milhões para o período 2012-2020. O valor é parte dos US$ 5 bilhões que a GE destina por ano à inovação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário