Brado investe R$ 150 milhões para operar cargas da Zona Franca de Manaus na Norte/Sul

      A Brado pretende começar ainda neste ano a operar na ferrovia Norte-Sul. A ideia faz parte de um plano para movimentar cargas da Zona Franca de Manaus, que vai exigir R$ 150 milhões em investimentos e exigir também o uso de hidrovias e rodovias.
      O investimento será desembolsado para comprar vagões, locomotivas, carretas e contêineres. Também será erguido um terminal em Imperatriz (MA) e um Porto Seco em Anápolis (GO). Metade do investimento total de R$ 75 milhões será feito para o início da operação, o que ocorrerá ainda neste ano.
       Na descida (do Norte ao Sudeste e Sul), serão transportados produtos industriais prontos, como motocicletas. Na subida, produtos de consumo.  Para ser posto em prática, o plano ainda precisa do aval do Ministério dos Transportes – que concluiu recentemente a ferrovia Norte-Sul entre Palmas (TO) e Anápolis (GO) e abriu ao mercado a possibilidade de transportar cargas no trecho. Além da Brado, a VLI já manifestou interesse.
      Atualmente, a Brado transporta cargas principalmente nas ferrovias da controlada ALL. De acordo com a regulação do setor, o operador habilitado como “operador ferroviário independente” (ou “OFI”) pode usar uma ferrovia mesmo que ela não esteja sob sua concess.
      Para o novo plano, a Brado precisa passar por um trecho da Norte-Sul sob concessão da VLI (o de Açailândia a Palmas) e por outro sob o domínio da estatal Valec (de Palmas a Anápolis). O investimento vai se somar ao montante total já anunciado no plano original da Brado de R$ 1,2 bilhão em cinco anos. Para os R$ 150 milhões do novo plano, já há crédito disponível na companhia e o Bbdes (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social) será o principal financiador.