quinta-feira, 26 de março de 2015

Expansão de vendas de aviões e máquinas mostra reaproximação com o mercado norte-americano

      A expansão das vendas de aviões e de máquinas de terraplanagem e de outros bens manufaturados, garantiu a maior participação brasileira no mercado americano em 2014. A evolução aconteceu no momento em que os norte-americanos, depois da crise internacional, voltaram a despontar como o motor da economia global, dante uma China em desaceleração.
      Por isso, estreitar relações com o país virou prioridade para o governo neste ano. O quadro contrasta, por exemplo, com o avanço da fatia brasileira na Rússia no ano passado, que ocorreu por um fator pontual. Em resposta a sanções internacionais que lhe foram aplicadas por causa da crise política com a Ucrânia, a Rússia bloqueou a compra de produtos agrícolas da Europa, dos EUA, do Canadá, da Noruega e da Austrália, abrindo espaço ao Brasil.
      A partir desta estratégia, o Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) anunciou a assinatura de um memorando de facilitação de comércio com os Estados Unidos, com vistas a um acordo de harmonização de normas. Interlocutores da pasta explicaram que a determinação é focar em acertos "possíveis" num momento em que o Brasil não tem perspectiva de fechar acordos comerciais ambiciosos.
      Ao mesmo tempo, as conversas para a criação de uma área de livre comércio com a União Europeia patinam. A troca de ofertas prevista para dezembro de 2013 foi adiada e nunca remarcada. Empresários cobram novas frentes de negociação e uma atitude comercial mais agressiva do governo.
      Desde 2010, quando assinou um tratado com Israel por meio do Mercosul, o Brasil não firma novos acordos. O acerto com a Índia proposto em 2009 até hoje não deslanchou. O país só aumentou a participação no mercado indiano, por exemplo, em 2014 porque as vendas de petróleo e açúcar, que não fazem parte do acordo comercial, dispararam.

Nenhum comentário:

Postar um comentário