A expansão das vendas de aviões e de máquinas de terraplanagem e de
outros bens manufaturados, garantiu a maior participação brasileira no
mercado americano em 2014. A evolução aconteceu no momento em que os norte-americanos, depois da crise internacional, voltaram a despontar como o motor da
economia global, dante uma China em desaceleração.
Por isso,
estreitar relações com o país virou prioridade para o governo neste ano. O quadro contrasta, por exemplo, com o avanço da fatia brasileira na Rússia no ano passado, que ocorreu por um fator pontual. Em
resposta a sanções internacionais que lhe foram aplicadas por causa da
crise política com a Ucrânia, a Rússia bloqueou a compra de produtos
agrícolas da Europa, dos EUA, do Canadá, da Noruega e da Austrália,
abrindo espaço ao Brasil.
A partir desta estratégia, o Mdic (Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) anunciou a assinatura de
um memorando de facilitação de comércio com os Estados Unidos, com vistas a um
acordo de harmonização de normas. Interlocutores da
pasta explicaram que a determinação é focar em acertos "possíveis" num momento em que o
Brasil não tem perspectiva de fechar acordos comerciais ambiciosos.
Ao mesmo tempo, as
conversas para a criação de uma área de livre comércio com a União
Europeia patinam. A troca de ofertas prevista para dezembro de 2013 foi
adiada e nunca remarcada. Empresários cobram novas frentes de negociação e uma atitude comercial mais agressiva do governo.
Desde
2010, quando assinou um tratado com Israel por meio do Mercosul, o
Brasil não firma novos acordos. O acerto com a Índia proposto em 2009
até hoje não deslanchou. O país só aumentou a participação no
mercado indiano, por exemplo, em 2014 porque as vendas de petróleo e açúcar, que não
fazem parte do acordo comercial, dispararam.
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