segunda-feira, 23 de março de 2015

Patrício Júnior prevê retomada do crescimento do país a partir de 2016

      O vice-presidente da ATP (Associação dos Terminais Privados) e presidente do Porto Itapoá, em Santa Catarina, Patrício Júnior, disse que “notícias deste início de 2015 nos permitem analisar perspectivas para a economia e confirmar algumas variáveis que têm implicações diretas nos portos e no desenvolvimento do país. A principal delas está relacionada ao movimento de nosso comércio exterior e o seu impacto na nossa infraestrutura logística”.
      Segundo ele, não obstante uma piora momentânea dos resultados da balança, com déficit comercial em 2014, o movimento de exportações e importações nos portos brasileiros continuará elevado, com forte sobrecarga sobre a infraestrutura “hoje disponível, ainda insuficiente para uma demanda crescente, a despeito dos avanços recentes”.
      O próprio potencial da economia, hoje a 7ª maior do mundo no critério de PIB, para Júnior, faz com que a tendência se mantenha. “É preciso lembrar que a queda nas exportações no ano passado foi transitória, influenciada, como se sabe, por fatores exógenos, entre eles, a crise Argentina, que é o maior comprador de manufaturados brasileiros, e a queda nos preços de commodities”, explicou.
      O dirigente argumentou que o déficit final também foi pressionado pelo aumento das importações de petróleo, por razões igualmente transitórias. Destacou ainda que após os ajustes necessários na política econômica, que para ele já estão em andamento, o país deverá retomar a trajetória de desenvolvimento sustentável, possivelmente a partir de 2016.
      “Para que se concretize como um círculo virtuoso, esse processo deverá estar necessariamente condicionado a uma moderna e eficiente infraestrutura logística, em especial nos portos”, avaliou. Ele acrescentou que 95% das trocas comerciais brasileiras passam pelos portos e o fato de ter ocorrido uma piora no resultado da balança, não significa que tenha havido redução nas trocas comerciais e sim ao contrário.

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