O vice-presidente da ATP (Associação dos Terminais Privados) e presidente do Porto Itapoá, em Santa Catarina, Patrício Júnior, disse que “notícias deste início de 2015 nos permitem analisar perspectivas
para a economia e confirmar algumas variáveis que têm implicações
diretas nos portos e no desenvolvimento do país. A principal delas está
relacionada ao movimento de nosso comércio exterior e o seu impacto na
nossa infraestrutura logística”.
Segundo ele, não obstante uma piora momentânea dos resultados da
balança, com déficit comercial em 2014, o movimento de exportações e
importações nos portos brasileiros continuará elevado, com forte
sobrecarga sobre a infraestrutura “hoje disponível, ainda insuficiente
para uma demanda crescente, a despeito dos avanços recentes”.
O próprio potencial da economia, hoje a 7ª maior do
mundo no critério de PIB, para Júnior, faz com que a tendência se mantenha. “É
preciso lembrar que a queda nas exportações no ano passado foi
transitória, influenciada, como se sabe, por fatores exógenos, entre
eles, a crise Argentina, que é o maior comprador de manufaturados
brasileiros, e a queda nos preços de commodities”, explicou.
O dirigente argumentou que o déficit
final também foi pressionado pelo aumento das importações de petróleo,
por razões igualmente transitórias. Destacou ainda que após os ajustes necessários na política
econômica, que para ele já estão em andamento, o país deverá retomar a
trajetória de desenvolvimento sustentável, possivelmente a partir de
2016.
“Para que se concretize como um círculo virtuoso, esse processo
deverá estar necessariamente condicionado a uma moderna e eficiente
infraestrutura logística, em especial nos portos”, avaliou. Ele acrescentou que 95% das trocas comerciais brasileiras passam pelos
portos e o fato de ter ocorrido uma piora no
resultado da balança, não significa que tenha havido redução nas trocas
comerciais e sim ao contrário.
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