quinta-feira, 19 de março de 2015

Diretor da Maersk diz que Brasil precisa de mais acordos para ampliar presença no mercado internacional

       O diretor comercial da Maersk Line Brasil, Mario Veraldo, disse que o Brasil precisa firmar mais acordos bilaterais de comércio para ampliar sua presença no mercado internacional de exportações e importações. Segundo ele, contar somente com a variação do dólar comercial, cuja cotação cresceu mais em dois meses e meio do que em todo o ano passado, não será suficiente para compensar o baixo crescimento esperado para a movimentação de cargas por contêineres neste ano.

     Na comparação dos resultados de 2014 e 2013, o executivo informou que houve alta geral de 1% em embarques e desembarques de contêineres no Brasil. Para este ano, a previsão é de que o índice se repita. Esses dados, revelou, foram reunidos pela consultoria Datamar, especializada em comércio marítimo e exterior, a pedido da Maersk.

      Para que pudesse haver um cenário mais favorável ao tráfego de cargas conteinerizadas apenas com o aumento do dólar, Veraldo calculou que, para cada ponto percentual de queda nas importações, seria preciso expandir em três a quatro pontos o volume exportado.

      Mas a realidade, para o diretor da Maersk Brasil, é diferente: “O volume de importação de contêineres é significativamente maior do que o de exportação. Precisa-se de estabilidade em termos de volume (importado) e acelerar a exportação muito mais do que a queda na importação”, explicou.

      O argumento do executivo é endossado  pelas estatísticas da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). O porto de Santos (SP), somente em janeiro deste ano, importou 92.095 contêineres e exportou 90.278. A alta nas importações foi de 7,2%, superior à das exportações (2,8%), na comparação com o mesmo mês do ano passado. Contudo, no ano passado inteiro, os embarques superaram levemente os desembarques (1.192.084 contra 1.182.342 unidades).

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