terça-feira, 24 de março de 2015

Brasil busca diálogo com os Estados Unidos e começa a sepultar a política Sul-Sul

      A crise levou o governo a mudar a estratégia de atuação em relação aos mercados globais. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e o Departamento de Comércio dos Estados Unidos (DoC) realizaram essa semana mais uma rodada de reuniões do Diálogo Comercial entre os dois países. A Apex-Brasil apoiou a agenda, que teve resultados concretos para o avanço (de fato, uma reaproximação) da relação bilateral comercial. Um memorando de facilitação de comércio foi assinado pelos dois países. Além disso, acordos dos setores público e privado com vistas à convergência regulatória também avançaram de forma inédita.

      A Apex-Brasil também realizou uma série de atividades paralelas às reuniões do Diálogo MDIC-DoC. Na semana passada, foi realizado o encontro Brazil on the Hill Series. A lista de convidados presentes ao jantar foi composta pela delegação do MDIC - liderada pelo Secretário de Comércio Exterior, Daniel Godinho - por congressistas, representantes de empresas que investem no Brasil e outros interlocutores relevantes para o Brasil no mercado norte-americano.

      No dia 18, a Apex-Brasil, em parceria com o CSIS (Center for Strategic and International Studies), promoveu um encontro entre o Secretário Godinho e diversos interlocutores e formadores de opinião dos EUA, para tratar de temas relativos à estrutura econômica do Brasil e ao comércio entre os dois países.

      No decorrer da semana semana seguinte foram realizadas ainda reuniões para tratar de temas pertinentes à agenda da Apex-Brasil de defesa de interesses e facilitação de comércio, com destaque para a reunião no gabinete do Congressista Pet Meehan, para tratar da missão MECEA que será realizada em junho no Brasil e para reuniões com o Department of Labor, Select USA e Embaixada do Brasil. Na pauta, itens como a lista do trabalho forçado e a abertura de mercado para produtos brasileiros.
     A política Sul-Sul, iniciada no governo Luís Inácio Lula da Silva e intensificada na gestão de Dilma Rousseff, começou a ser sepultada no Palácio do Planalto. Afinal, os últimos anos mostraram que não é possível tratar com desdém o mais importante mercado do mundo. A dor, definitivamente, ensina a gemer.


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