O governo
não pretende agir para segurar o dólar, disse nesta quarta-feira (12) o
ministro da Fazenda, Eduardo Guardia. Em viagem a Fortaleza (CE), ele afirmou
que a volatilidade
da moeda
norte-americana nas últimas semanas ainda não motivou nenhuma medida por parte
da equipe econômica.
De acordo com o ministro, boa parte
das altas recentes deve-se a fatores internacionais, sobre os quais o governo
não tem controle. “Não há nenhuma medida para ser tomada neste momento. O que
existe são movimentos internacionais que têm pressionado moedas de países
emergentes, como o Brasil”, declarou o ministro após evento na sede do Banco do
Nordeste na capital cearense.
O ministro ressaltou que o governo
está acompanhando a situação e acrescentou que somente reformas estruturais que
reequilibrem as contas públicas conseguirão aumentar a resistência do país a
crises “agora e no futuro”. Caso contrário, os futuros governos terão de
aumentar a carga tributária. “O problema do déficit público brasileiro é o
crescimento acelerado da despesa. Nós precisamos reverter essa tendência”,
disse.
Guardia reiterou que o país tem
capacidade de lidar com turbulências internacionais, por ter baixo déficit em
transações correntes (comerciais, de serviço e de rendas) e elevadas reservas
internacionais. A principal dificuldade da economia brasileira, declarou o
ministro, está no lado fiscal.
Segundo o ministro da Fazenda, o
governo pode seguir em frente e tentar votar a reforma da Previdência depois
das eleições, caso o futuro governante esteja de acordo. “Qualquer candidato
que esteja comprometido com o processo de reformas, de modernização do Brasil,
de redução de custo Brasil, de redução de custo tributário, de simplificação,
de redução de burocracia e disciplina fiscal tem a minha simpatia”, disse.
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