quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Maersk adota novas diretrizes para cargas perigosas


          A Maersk adotou novas diretrizes para o armazenamento de mercadorias perigosas que visam a melhorar as práticas de segurança em toda a sua frota. A medida é implantada na esteira do incêndio a bordo do navio de contêineres "Maersk Honam", que matou cinco tripulantes no início deste ano.
          Após o incidente, a Maersk avaliou mais de três mil documentos da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre materiais perigosos, a fim de compreender e melhorar o armazenamento deste tipo de carga a bordo de contêineres. Como resultado, desenvolveu um novo conjunto de princípios chamado Estocagem de Mercadorias Perigosas Baseadas em Risco.
          Em parceria com o American Bureau of Shipping (ABS), a companhia de navegação convocou um workshop com outras partes interessadas do setor para conduzir um estudo abrangente de identificação de riscos que validou essas novas diretrizes. As mudanças foram implementadas na frota de mais de 750 embarcações da Maersk Line.
          Os princípios de Estocagem de Mercadorias Perigosas Baseados no Risco também foram apresentados à Organização Marítima Internacional (IMO), bem como às autoridades marítimas dinamarquesas. A Maersk ainda aguarda o fim da investigação para determinar a causa raiz do incêndio que explodiu em um porão de carga a bordo do "Maersk Honam" enquanto o navio estava navegando no Oceano Índico em 6 de março de 2018. O navio transportava mercadorias perigosas no compartimento de carga onde o fogo se originou. No entanto, não há evidências de que o incêndio tenha surgido a partir de mercadorias perigosas.
          As cargas cobertas pelo Código Internacional Marítimo de Mercadorias Perigosas não serão mais arrumadas ao lado da acomodação e da instalação de propulsão principal, que é definida como a zona como a de menor tolerância a riscos. A tolerância ao risco é baixa abaixo do convés e no meio do navio e maior no convés anterior e posterior. 
          Utilizando estatísticas sobre incêndios em contêineres no Sistema de Notificação de Incidentes de Carga (CINS), a Maersk definiu o que pode ser armazenado em cada zona de risco. Nos próximos meses, uma revisão com o objetivo de criar as melhores práticas de gestão para o armazenamento de mercadorias perigosas será realizada com a participação da ABS, do Lloyds Register, do Grupo Internacional de P & I Clubs, do National Cargo Bureau, do TT Club e da Exis Technologies.

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