O
arrendamento de uma área para armazenagem e movimentação de granéis líquidos no
porto de Santos (SP) será disputado por três empresas no leilão a ser realizado
na sexta-feira (28). O prazo para a entrega das propostas na B3 terminou nesta terça-feira (25). Os envelopes com os nomes e as ofertas dos proponentes só serão abertos
na sexta. O leilão está previsto para começar às 10 horas, na sede da bolsa de
valores paulista.
As injteressadas são a Granel Química,
a Ageo e a Cattalini. Já um lote no porto de Santana (AP), que seria leiloado
no mesmo dia e é destinado à movimentação de cavaco de madeira, não recebeu
proposta. O leilão é promovido pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários
(Antaq), dentro do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
A área de Santos fica na Ilha Barnabé
e é explorada hoje pela Granel Química, ligada ao grupo norueguês Odfjell,
líder no mercado global de transporte marítimo de químicos e outros produtos
líquidos. O contrato será válido por 25 anos podendo chegar até 70 anos. Vence
quem der o maior valor de outorga. Quem arrematar o lote de Santos terá de
investir R$ 200 milhões.
O valor global do contrato é de R$
1,3 bilhão. A área conta hoje com 99 tanques pressurizados para produtos
químicos, etanol, derivados de petróleo e também de outras instalações
complementares. Possui estruturas de armazenagem conectadas ao cais existente
de dois berços de atracação, a uma distância de aproximadamente 700 metros, por
meio de dois corredores de dutos, sendo que cada tanque de armazenagem tem
dutos dedicados direcionados às plataformas de abastecimento de caminhões.
A capacidade de armazenagem total
desses tanques é estimada em 97.720 metros cúbicos espalhados por 54.221 metros
quadrados. A Ilha de Barnabé conta com seis terminais dedicados à movimentação
de granéis líquidos (exceto sucos cítricos), realizadas por meio de três berços
de atracação.
No mesmo dia do leilão de uma área em
Santos pela Antaq, a Companhia Docas do Pará (CDP) realiza o certame para
exploração de uma área no porto de Belém (PA) visando à armazenagem e à
distribuição de gás liquefeito de petróleo (GLP). Ao menos uma empresa entregou
hoje proposta para assumir essa exploração - foi a Nacional Gás Butano
Distribuidora, empresa que já explora o lote, segundo apurou o Valor.
Essa é a segunda tentativa da CDP de
licitar a área de Belém, após o lote ter ficado sem proposta em um certame
realizado em abril. Vence quem ofertar o maior valor de outorga. A área tem
32.256 metros quadrados e a cessão terá prazo de 20 anos, prorrogável por
sucessivas vezes, a critério da administração do porto, até o limite máximo de
40 anos. A cessionária deverá pagar à administração do porto R$ 209.055,75 por
mês pelo direito de explorar o lote e investir R$ 51,5 milhões.
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