A Autoridade Monetária de Hong Kong (HKMA) e o Banco Central do
Brasil (BC) assinaram acordo de cooperação para reforçar a colaboração
entre os bancos na área de fintech (empresas de tecnologia que atuam no setor financeiro). “Especificamente, o acordo procura incentivar e permitir a inovação
em serviços financeiros em ambos os mercados e apoiar a expansão local
de empresas inovadoras oriundas da outra jurisdição”, informou o BC.
No âmbito do acordo de cooperação, os dois bancos centrais orientarão
empresas inovadoras, no compartilhamento de informação e experiências e
em projetos conjuntos de inovação.
O documento foi assinado nesta segunda-feira, 10,em Basileia, na Suíça (foto), pelo
executivo chefe da HKMA, Norman Chan, e o presidente do BC, Ilan
Goldfajn.
Em nota, Goldfajn comemorou a parceria com Hong Kong, “um dos
principais centros de tecnologia financeira na Ásia”, e ressaltou que o
BC tem apresentado novas regulamentações sobre o tema, “para promover o
desenvolvimento do setor de fintech e reforçar a resiliência da
indústria financeira brasileira a ataques cibernéticos”.
A fintechs
são empresas de tecnologia que atuam no setor financeiro. Em abril, foi
editada uma norma que estabeleceu os termos para a sua atuação no
mercado de crédito, trazendo os critérios, inclusive, para o
financiamento entre pessoas físicas por plataforma eletrônica. Assim, as
fintechs podem trabalhar sem estarem vinculadas a uma instituição
financeira convencional.
A ideia é que, com a expansão dessas empresas, aumente a concorrência no sistema financeiro.
Consequentemente, os custos de empréstimos para clientes desse
segmento devem cair e uma parcela maior da população pode ter acesso a
serviços financeiros como empréstimos, seguros, investimentos e meios de
pagamento.
“O acordo de cooperação implica o compartilhamento de experiências e
melhores práticas, e nos permitirá não apenas monitorar mudanças
tecnológicas nos mercados financeiros de uma perspectiva mais ampla, mas
também adaptar o ambiente regulatório para modelos de negócio
inovadores”, explicou Goldfajn.
Nenhum comentário:
Postar um comentário