Os dez dias de locaute dos caminhoneiros geraram prejuízos que
superam a marca dos US$ 410 milhões, o equivalente a R$ 1,5 bilhão, ao
setor de navegação no Porto de Santos. O cálculo foi conservador e pode
ser ainda maior por conta da variação de tarifas. O montante levou em
consideração vários fatores,todos relacionados aos atrasos e à falta de
mercadorias de exportação no complexo santista.
O Porto de Santos permaneceu com seus acessos rodoviários bloqueados
aos caminhoneiros por dez dias. Com isso, as cargas com embarques
previstos deixaram de ser entregues aos terminais e as mercadorias
desembarcadas ficaram retidas nas instalações portuárias.
Segundo o Sindicato das Agências de Navegação Marítima do
Estado de São Paulo (Sindamar), entre os fatores que são levados em
conta no cálculo dos prejuízos, estão as despesas com sobreestadias de
navios, os custos com as embarcações paradas e a falta de cargas nos
terminais. O aumento do consumo de combustível dos cargueiros pelos
desvios de rota para fugir do cais santista e a reprogramação das
atracações também são medidas que elevam os custos das operações de
transporte.
Cargas com embarques previstos deixaram de ser entregues nos terminais durante o locaute. No início da semana, o Sindamar fez um primeiro levantamento sobre os prejuízos causados pela paralisação dos caminhoneiros. As perdas então somavam US$ 100 milhões. Na ocasião, o protesto ainda não havia impactado tanto a programação dos embarques. E, com a demora para o fim do movimento, outros custos foram acrescidos.
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