segunda-feira, 4 de junho de 2018

Perdas no segmento de navegação em Santos ultrapassam US$ 400 milhões com a paralisação dos caminhoneiros

          Os dez dias de locaute dos caminhoneiros geraram prejuízos que superam a marca dos US$ 410 milhões, o equivalente a R$ 1,5 bilhão, ao setor de navegação no Porto de Santos. O cálculo foi conservador e pode ser ainda maior por conta da variação de tarifas. O montante levou em consideração vários fatores,todos relacionados aos atrasos e à falta de mercadorias de exportação no complexo santista.
          O Porto de Santos permaneceu com seus acessos rodoviários bloqueados aos caminhoneiros por dez dias. Com isso, as cargas com embarques previstos deixaram de ser entregues aos terminais e as mercadorias desembarcadas ficaram retidas nas instalações portuárias.
          Segundo o Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar), entre os fatores que são levados em conta no cálculo dos prejuízos, estão as despesas com sobreestadias de navios, os custos com as embarcações paradas e a falta de cargas nos terminais. O aumento do consumo de combustível dos cargueiros pelos desvios de rota para fugir do cais santista e a reprogramação das atracações também são medidas que elevam os custos das operações de transporte.
          Cargas com embarques previstos deixaram de ser entregues nos terminais durante o locaute. No início da semana, o Sindamar fez um primeiro levantamento sobre os prejuízos causados pela paralisação dos caminhoneiros. As perdas então somavam US$ 100 milhões. Na ocasião, o protesto ainda não havia impactado tanto a programação dos embarques. E, com a demora para o fim do movimento, outros custos foram acrescidos.

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